segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Em busca da ancestralidade brasileira

Inspirada no texto de Daniel MunduruKu
Daniel Munduruku, coloca o interesse que as pessoas tem por biografias, a forma como todos gostam de saber o que o outro já construiu na própria vida, o que fez, como conseguiu ser bem-sucedido, como obteve seus títulos, como viveu sua infância."Todos têm muita curiosidade em descobrir o que leva uma pessoa a escolher o caminho que hoje trilha.Aprendi com isso que uma das maneiras mais interessantes de falar às pessoas de forma agradável é contar-lhes um pouco da minha história a fim de que possam pensar na própria vida e do jeito que ela está sendo construída."
Somos a continuação de uma geração, de pessoas que vieram há tempos atrás, vindo dos mais diversos lugares, com as mais diversas culturas, temos uma tradição , que precisa ser perpetuada e continuada.
Moramos em lugares que ignoramos a história , os causos, os costumes, os festejos religiosos, a forma de vestir, de falar , de comer.
Desconhecemos nossa árvore genealógica, até mesmo os males que levaram ao óbito os nossos ancestrais.
Somos frutos de uma árvore crescida que já deu outros frutos, e precisamos resgatar essas sementes para que não se percam.
Tanto se fala em cultura, o que entendemos mesmo por cultura?
Segundo nossos dicionários, cultura é o conjunto de conhecimentos de uma pessoa, o conjunto de características de um povo.
Como estamos cuidamos da nossa cultura, da cultura popular, da cultura da nossa cidade, se desconhecemos a nossa história, se sequer sabemos a linha do tempo da nossa vida, a origem do nosso nome.
As escolas trabalham todo ano com a construção da identidade: qual a origem do nome, quem são seus pais, identidade, fatos marcantes, mas qual a significância e significado desse trabalho para criança.
Que consciência ela carrega sobre o quê está realizando? E satisfeitos dizemos: Eu fiz a minha parte. Agora....., Será que fez mesmo? Suas aulas atingiram o objetivo que esperavamos, ou estamos formando uma geração robatizada," expert" em repetições, será que estamos repetindo o modelo da educação bancária, tão criticado por nós.
Queriamos inovar a educação, despertar a consciência crítica do aluno. Bonito no papel, mas de que maneira estamos trabalhando estes conteúdos é o "x" da questão. Estamos muito preocupados em como ensinamos e muito pouco preocupados em como nossos alunos aprendem.
Para interagir na comunidade precisamos fazer parte dela!
Júlio Furtado conta um história que ilustra bem essa questão, brincalhão como é vai saber ser verdade ou não.
Uma pedagoga recém formada queria trabalhar numa comunidade do Rio de janeiro e fez concurso e passou, morando e criada em Ipanema foi dar aula na Mangueira, chegando lá conheceu os alunos e inquietou-se com o comentário do presunto que todos os alunos não calavam, resolveu interagir com a turma,pensou: _Com certeza caiu da bolsa de alguém, e resolveu participar mais da comunidade e levar a turma pra ver o presunto, foi uma euforia generalizada.
Se arrumaram sairam em fila tudo bem organizado, a professora na frente um monte de gente e ela a pedir licença, todos estranhando a atitude da professora que insistentemente dizia: - Com licença trouxe meus alunos para ver o presunto, e todos iam abrindo caminho, meio sem enter o que acontecia.
Chegando no presunto a professora quando viu o corpo da criança metralhado, desmaiou e foi levada de volta para escola.Reforçando o que vimos falando desde o começo: para interagir com a comunidade é preciso integrar-se e conhecê-la!
Isa Croesy

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