sábado, 20 de novembro de 2010

O Homem Invisível

O Homem Invisível

Cresce e carrega suas tranças crespas
Descendo e subindo as ladeiras [da vida]
Erguendo a cabeça pro impossível
Causando inveja
Presenteado de desdém Rodeados de inimigos
Lendo piadas no jornal
Correndo contra o tempo
Veloz como o vento
Pois, a oportunidade não o espera
Nem, dele, se faz refém
Cheio de crenças
Tantos santos e oferendas
Nesta terra imensa
Assoberbada de incertezas
Que só a chuva e a natureza
Querem seu bem
Menino, negro, menino!
De um grão faz seu destino
Ouve tantos papos
Poucos incentivos
Mas não deixa apagar
A luz intensa lá de dentro
Do seu mais intimo infinito
Nem esquece o que disse
A voz da sabedoria:
“Menino negro
Negro, menino
Acorde, Lute!
É hora de conquistar
Acorde, Lute!”


de Celizio de Souza Conceição Filho

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